SERVOS DO SENHOR, ESFORÇAI-VOS POR CUMPRIR VOSSOS SERVIÇOS
I – INTRODUÇÃO
Quando uma profecia é verdadeira ela causa inquietude no coração de quem a escuta e o coração só se aquieta quando a pessoa coloca em prática a profecia.
O senhor está falando que é preciso assumir o posto, viver a vontade de Deus e semear Pentecostes no mundo. Se obedecermos à Sua Voz, com a unção e a ousadia que recebemos, em breve, muito em breve, o mundo será transformado. Se cada carismático for o que é chamado a ser, o mundo será transformado. Se cada grupo de Oração viver a sua identidade, o mundo será impactado pela força e vigor do Espírito Santo.
Não podemos mais nos acomodar e ficar com medo de assumir aquilo a que somos chamados.
Apressai-vos em assumir os vossos postos, diz o Senhor.
II – APRESSAI-VOS EM ASSUMIR OS VOSSOS POSTOS
Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis, progredindo sempre na obra do Senhor, certos de que vossas fadigas não são em vão, no Senhor.
Disseram uns aos outros: Levantemos nossa pátria de seu abatimento e lutemos por nosso povo e nossa religião.
"Apressai-vos em assumir os vossos postos!"
Quando o Senhor fez surgir esta Profecia no Conselho Nacional da Renovação, aconteceu um grande momento de efusão do Espírito Santo no seio da Renovação Carismática do Brasil. Até aquele momento, o Conselho Nacional bem como, todas as estruturas do movimento, estavam como que atônitas, sem saber para onde o Espírito estava conduzindo o nosso movimento. Havia muita reclamação a respeito dos problemas que ocorriam incessantemente nos quatros cantos do país e não faltavam os lamentadores de plantão, que ficavam acusando os líderes e os servos de estarem fugindo da essência da Renovação Carismática Católica. Confesso para vocês, que, cheguei a pedir a Deus algumas vezes que retirasse o fórum de discussão que existia no portal da RCC Brasil pois, as pessoas estavam usando o espaço para lamentar a situação dos Grupos de Oração. Algumas vezes eu deixei registrada a minha opinião a esse respeito e exortei os irmãos a deixar de saudosismo estéril e assumir a novidade do Espírito para nossos tempos.
Interessante ver o modo como o Espírito age. Há uma pergunta que se repete sempre, no início de uma efusão do Espírito. A pergunta é: "Onde está a força do Senhor? O que fazer para ter o poder de Deus?" Esta pergunta foi dirigida aos Apóstolos no dia de Pentecostes e Pedro deixou uma resposta clara: "Pedro lhes respondeu: Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo". Os santos fizeram esta pergunta e a partir dela surgiram os vários movimentos de renovação da Igreja. O movimento dos mendicantes, com Francisco de Assis como maior expoente, o movimento de renovação litúrgica, a Contra-Reforma, a Reforma do Carmelo com Tereza D'Ávila e João da Cruz. Chegamos ao Século XX e encontramos um Papa se questionando. Estou falando de João XXIII, o Papa que convocou o Concílio Vaticano II.
Em Paulo VI, temos um grande exemplo de um homem de Deus que se questiona. Ele diz na Evangelli Nuntiandi:
O que é que é feito, em nossos dias, daquela energia escondida da Boa Nova, suscetível de impressionar profundamente a consciência dos homens? Até que ponto e como é que essa força evangélica está em condições de transformar verdadeiramente o homem deste nosso século? Quais os métodos que hão de ser seguidos para proclamar o Evangelho de modo a que a sua potência possa ser eficaz?
Logo após o Concílio Vaticano II, nos Estados Unidos, um grupo de jovens cristãos começa a se questionar: "onde estará o poder do Espírito do Senhor? Será que é possível ver a ação do Espírito Santo em nossos dias? Será que é possível ver o Espírito agindo no seio da Igreja Católica?" E a resposta todos sabemos qual foi. Surgiu a Renovação Carismática Católica.
Hoje, os nossos líderes, intercessores, formadores, enfim, o Povo de Deus, pergunta: onde está a Renovação no Espírito? O que fazer para que essa chama não se apague? Como resolver os problemas do movimento? E mais uma vez o Senhor, que acompanha o Seu Povo e a Sua Igreja, não se faz esperar. Ele vem e responde ao clamor do Seu Povo. Ele fala: "Apressai-vos em Assumir os Vossos postos! Serão dias em que ampliarei a vossa visão!"
Esta Palavra do Senhor é muito forte e verdadeira. Apressai-vos! Esta é a Ordem do Senhor! Não é se apressar no sentido de correr. O Senhor não quer que tenhamos pressa! O que Ele quer é que assumamos corajosamente o nosso papel, a nossa missão na Igreja, o nosso ministério e serviço na RCC. O tempo é Dele. Não é preciso correr pois, é o Senhor quem guiará os nossos passos até à vitória. Mas, é preciso correr para o trabalho! Assumir o posto com ousadia, com coragem e com amor. Assumir o posto com fé no Senhor que fará a Obra.
Não devemos ter pressa de ver o resultado. É essa pressa que acaba destruindo as nossas estruturas e consumindo nossas energias. O Evangelho nos dá clareza sobre duas coisas:
1º Somos apenas semeadores. Quem dá o crescimento é o Senhor. "eu plantei, Apolo regou, mas Deus é quem fez crescer".
2º O Senhor está conosco sempre. A vitória é do Senhor que está conosco! "Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo".
Qual será o resultado da Renovação Carismática Católica? Esta resposta pertence somente ao Senhor. Quem deve se preocupar com o destino das organizações sociais são os sociólogos. Embora a RCC seja um movimento social ela é, sobretudo, expressão concreta da vontade do Senhor e Ele é quem cuida desta semente. Nós somos apenas os semeadores. Os resultados virão do Espírito Santo, a seu tempo.
Quando entrei na Renovação a uns doze ou treze anos atrás, ouvia sempre uma verdade que quero partilhar aqui. A Renovação Carismática Católica não é um movimento. Ela é a Igreja em Movimento. O Batismo no Espírito é para toda a Igreja.
Hoje possuímos uma estrutura, estamos organizados em nossos grupos de oração, temos nossa formação e as perseguições passaram e, portanto, corremos um risco muito sério: sufocar o Espírito Santo que grita em nós nos impulsionando a evangelizar o seio da Igreja.
Em nossas estruturas, sendo aceitos pelos bispos e padres, trabalhando na pastoral de conjunto, podemos ir perdendo nossa identidade e, portanto, perdendo a capacidade de ser sal e luz, nos tornando incapazes de testemunhar o Batismo no Espírito a ponto de, motivar os irmãos das outras pastorais e movimentos a desejarem também, o Batismo no Espírito. Isso sim, é um grande risco para a RCC.
João Paulo II nos delegou uma grande missão. Ele disse que era a Sua vontade – e sendo vontade do vigário de Cristo, é vontade de Cristo, pois, o que Ele liga na Terra é ligado no Céu – que difundíssemos no mundo todo a Cultura de Pentecostes, a única capaz de promover a civilização do amor e da harmonia entre os povos. E a Cultura de Pentecostes precisa ser difundida por nós, portanto, nada de ficar olhando o passado. É preciso correr para o nosso posto, cumprir a vontade de Deus. Se cada um fizer a Sua parte, o Batismo no Espírito irá chegar a todos, e em breve, muito em breve, esse mundo todo será renovado.
Enviai o vosso Espírito Senhor, e renovai a Face da Terra! Esse é o clamor que cada um de nós precisa fazer todos os dias. Esse é o grito que precisa brotar da nossa alma! Esse é o grito do verdadeiro carismático.
Assumamos os nossos postos!
III – COMO ASSUMIR ESSA PROFECIA?
No momento em que recebi o tema dessa pregação e que me coloquei em oração a fim de, preparar este momento, comecei a ler o texto de outra pregação sobre este tema que havia preparado para outro encontro numa diocese da Bahia. E o Espírito começou a revelar algo que retrata um pouco a nossa realidade enquanto movimento eclesial.
Em primeiro lugar, vamos reler a profecia de Ageu.
No segundo ano do reinado de Dario, no vigésimo primeiro dia do sétimo mês, a palavra do Senhor fez-se ouvir por intermédio do profeta Ageu nestes termos: Fala ao governador de Judá, Zorobabel, filho de Salatiel, ao sumo sacerdote Josué, filho de Josedec, e ao resto do povo. Haverá alguém entre vós que tenha visto esta casa em seu primeiro esplendor? E em que estado a vedes agora! Tal como está, não parece ela insignificante aos vossos olhos? Todavia, ó Zorobabel, tem ânimo, diz o Senhor. Coragem, Josué, filho de Josedec, sumo sacerdote! Coragem todos vós, habitantes da terra, diz o Senhor. Mãos à obra! Eu estou convosco - oráculo do Senhor dos exércitos. Segundo o pacto que fiz convosco quando saístes do Egito, meu espírito habitará convosco. Não temais. Porque isto diz o Senhor dos exércitos: Ainda um pouco de tempo, e abalarei céu e terra, mares e continentes; sacudirei todas as nações, afluirão riquezas de todos os povos e encherei de minha glória esta casa, diz o Senhor dos exércitos. A prata e o ouro me pertencem - oráculo do Senhor dos exércitos. O esplendor desta casa sobrepujará o da primeira - oráculo do Senhor dos exércitos. Sim, farei reinar a paz neste lugar, diz o Senhor dos exércitos.
O Senhor dará um novo esplendor à Sua Casa. E o que é a Casa de Deus, senão a vida do Seu Povo, o Coração dos adoradores?
O Senhor levantará um povo novo, de louvor e adoração. O Senhor levantará um povo que se prostre diante do Seu Filho Jesus. O Senhor levantará um país de santos. Se os nossos grupos de oração estavam se tornando cemitérios de profetas, quero afirmar agora, que se cumpre em nosso meio, a profecia de Ezequiel, o Espírito Santo está vindo sobre os ossos secos e eles estão ganhando carne e vida nova. Os profetas estão se levantando. Será apenas uma questão de tempo e veremos o esplendor da Casa de Deus que será o Seu Povo renovado. Existe uma música da liturgia de Pentecostes que ilustra bem esta profecia: "O Espírito de Deus fará surgir um povo renovado!" Sim, de fato é isto o que acontece. O Espírito de Deus fará surgir um povo renovado, um povo que se prostra diante de Jesus, um povo adorador.
Para assumir esta profecia precisamos, antes de mais nada, da conversão do coração. Se estávamos olhando para trás, para as dificuldades e aparentes derrotas; se estávamos com saudade do antigo esplendor do nosso movimento e querendo repetir as mesmas experiências carismáticas dos primeiros, mudemos o nosso pensamento. Ninguém conseguirá aprisionar o Espírito Santo. Ele é vento. E também, ninguém conseguirá resistir ao Espírito Santo. Ele é fogo. A ordem não é olhar para o passado e sim, assumir o posto. Não percamos mais tempo com saudosismos estéreis. O Senhor nos quer íntegros, no presente, no hoje da nossa história, da nossa realidade. O Pentecostes está acontecendo agora. Há um novo derramamento do Espírito. Há um novo movimento da parte de Deus e a Igreja está sendo batizada no Espírito Santo. Nunca como hoje – exceto no Primeiro Pentecostes - a Igreja esteve tão próxima de ser totalmente batizada no Espírito Santo. Basta que assumamos o nosso posto!
Mas, para assumir este posto se faz necessário:
Acreditar no Poder do Batismo no Espírito. Acreditar com o coração. Acreditar que o Senhor pode e vai fazer a Renovação da Igreja e do mundo. Acreditar numa juventude santa. Acreditar numa sociedade nova. Crer em Jesus e crer no Espírito que Ele nos dá.Ele nos dá.
Acreditar no Batismo no Espírito que acontece hoje. Saber, com o coração e com a mente, que Jesus está dando o Seu Espírito neste momento. Mesmo que não vejamos nada, continuar firme no ministério que Ele nos concedeu, na expectativa do derramamento do Espírito Santo. Pois, o Espírito vem quando Deus quer e vem repentinamente. Fazer de cada grupo de oração um verdadeiro momento de Pentecostes. Dar tudo de si para que, em cada reunião de oração, todos – SEM EXCEÇÃO – façam uma experiência. É certo que não podemos forçar mas, podemos ter atenção para envolver cada irmão e cuidar pela boa ordem e discernimento das nossas reuniões para que elas cumpram seu objetivo.
Conversão do coração. Uma passagem que não sai do meu coração enquanto preparo esta pregação é a que está em Apocalipse 2,4 que fala da volta ao primeiro amor. Mas, o que é voltar ao primeiro amor senão, a busca pessoal e constante da conversão do coração? Isto equivale a cuidar do próprio Batismo no Espírito. Um carismático que não cuida do próprio coração não conseguirá produzir frutos. O fogo do Senhor, aquele fogo que Jesus veio trazer à Terra, Ele precisa arder primeiramente em nossos corações. De nada valem as estruturas se não houver zelo missionário. E só haverá zelo missionário e prontidão em anunciar o Evangelho, se houver Batismo no Espírito Santo. A nossa identidade, a nossa missão, a nossa experiência de Deus. Batismo no Espírito Santo. Este é o nosso lema, o nosso nome, esta é a nossa identidade, a nossa vida. Para viver o Batismo no Espírito e a conversão, precisamos da oração pessoal e comunitária, sobretudo, da Santa Missa e da Palavra de Deus.
IV – SER APÓSTOLOS DA EFUSÃO DO ESPÍRITO SANTO
Nestes últimos tempos, uma imagem não cessa de inspirar minha oração e meu apostolado. É a imagem da doação total de Nossa Senhora. E é com ela, que gostaria de terminar esta pregação.
Maria recebeu um chamado. Ela poderia ter dito não. Mas, preferiu dizer o SIM pessoal, livre, consciente e total. Na verdade, todo chamado do Senhor exige uma resposta que possua estas quatro características: um sim pessoal, livre, consciente e total.
Ela dá uma resposta pessoal. Quando Maria dá o sim. Ela faz isso sozinha. Não é influenciada por ninguém, o que, nem sempre acontece com as respostas que escutamos em nossos encontros emocionantes.
O maior momento de Batismo no Espírito não é envolvido por atmosfera de emoção. O anjo aparece e Maria responde. Ela não está chorando, não está repousando no Espírito. Ela está escutando. Não tem ninguém para aconselhá-la. É somente ela e Deus. E Maria responde SIM. Ela dá uma resposta que havia sido gerada no Seu coração pela palavra e pela oração contínua. É resposta madura. Resposta de mulher de fé.
Ela dá uma resposta livre. Somente quem está livre de todas as amarras dos apegos humanos, da busca do dinheiro e do poder, das mágoas e preconceitos e, sobretudo, do medo, pode dar uma resposta assim. Uma resposta livre, expressão do louvor e da entrega de sua vida. Não é influenciada por desejos, sonhos, carências e preconceitos. É livre no conteúdo, na fonte, no desejo. É apenas desejo de amar a Deus. Talvez, uma resposta diferente da nossa quando assumimos alguns ministérios e coordenações. Quer compreender o grau da resposta de um carismático, observe-o no momento de deixar a função para seu sucessor. Maria é diferente. Ela é totalmente livre. Não precisa de nada para ser feliz e nem vai dar um sim por causa do status de ser mãe do Filho de Deus. É justamente por isso que ela é escolhida. A diferença entre Maria e nós é que Deus a escolheu por causa dos dons que ela havia recebido e nós somos escolhidos para receber os dons e mudarmos de vida. Deus nos chama porque sabe que será a única maneira de nos salvar.
Ela dá uma resposta consciente. Ela sabe da responsabilidade que está assumindo. Sabe do compromisso e, sobretudo, do caminho de Cruz e de dor que irá ter que percorrer. Tanto é assim, que ela pergunta ao anjo "Como se fará isto?". Maria não é uma menina ingênua, deslumbrada com a visita do anjo. Ela é mulher de fé e sabe que não poderá negar nada ao Senhor que lhe dá tudo, por isso, diz SIM.
Mas a resposta de Maria assume uma conotação totalizante. É um sim total. Todas as áreas da vida de Maria, os anos de sua vida e seus sonhos, projetos e vontades ficam empenhandos diante do projeto de Deus. Eles já não têm mais importância, quando, o que de fato importa, é ser grato ao Senhor e dar um sim total a Ele.
Só seremos fiéis à nossa vocação na Igreja quando seguirmos os passos de Maria e imitarmos o exemplo do Seu Sim.
Não é pouco, nem pequeno, o que temos de fazer. O Senhor nos chama à doação da vida pela implantação da Cultura de Pentecostes mas, só se implanta a Cultura de Pentecostes quando ela é realidade em nossa vida. Onde houver um carismático aí deve haver Pentecostes, Batismo no Espírito. Somos convocados a ser, na Igreja e na sociedade, rosto e memória de Pentecostes.
Pentecostes é agora, está acontecendo hoje. Precisamos ser apóstolos de Pentecostes. Precisamos ser apóstolos do Batismo no Espírito. Mas, repito, para isso acontecer, precisamos assumir o nosso posto e isso equivale a viver Pentecostes. É hora de arregaçar as mangas e começar a viver assim, pois, o Senhor está preparando um tempo novo para toda a Terra. Que nossa vida e nosso Grupo de Oração sejam verdadeiros Pentecostes. Estamos no tempo da Militância Apostólica e da Combatividade Profética. Estamos em tempo de batalha. Não é tempo de lamentar e chorar e sim, de ficar firme, clamando o Espírito Santo, confiando em Deus e servindo sem cessar, com a santidade de nossa vida.
Quando Pedro se encontrou com o Senhor à beira do lago, o Senhor lhe perguntou três vezes se o Apóstolo O amava ao que Pedro lhe responde afirmativamente. No último momento, o Senhor diz a Pedro: "Em verdade, em verdade te digo: quando eras mais moço, cingias-te e andavas aonde querias. Mas, quando fores velho, estenderás as tuas mãos, e outro te cingirá e te levará para onde não queres". E o Evangelista anota que o Senhor se referia ao martírio de Pedro. Irmãos, viver a Cultura de Pentecostes é sinônimo de ser mártir. Primeiramente, tendo que renunciar à própria vida, comodidade e pecados, e em seguida, tendo que assumir a sua parte nos sofrimentos do Cristo Jesus.
As investidas de satanás serão pesadas e o Senhor precisa de servos que fiquem firmes e não fujam dos postos. O nosso compromisso não é com a RCC somente, e sim, com o Senhor e com Sua Igreja. Família, doença, estudo, decepção, cansaço e depressão não podem me desviar do chamado. Toda minha vida precisa estar empenhada no projeto de levar o fogo de Pentecostes ao mundo e assim, ver a vitória de Deus acontecendo.
Somos poucos, mas, se ficarmos atentos e em nossos postos, renunciando a nós mesmos e vivendo a santidade, veremos a Obra de Deus se fazendo.
CONCLUSÃO
Gostaria de terminar contando um testemunho e fazendo um apelo.
Faz um mês que fui convocado pela Prefeitura da minha cidade para assumir a função de professor depois de haver sido classificado em um concurso público. Confesso que não fiquei muito feliz quando recebi a notícia de que iria para a comunidade do Maritá, que fica a dezoito quilômetros da cidade e em plena caatinga. Mas, o Espírito Santo colocou em meu coração que eu iria para lá para viver concretamente o Batismo no Espírito, indo aonde ninguém quer ir e servindo aos pequenos do Reino. Confesso irmãos, que estou muito feliz e realizado.
No Congresso Nacional deste ano, assistimos um vídeo sobre a situação dos nossos irmãos na Amazônia. Confesso que fiquei muito emocionado ao ver aquelas crianças passando fome e aqueles irmãos sem ter direito à Santa Missa e agora eu questiono: o que fazer? Como ficar calado diante desta situação? Como podemos viver tranquilos em nossas paróquias e grupos de oração quando irmãos morrem de fome do pão material e espiritual?
É preciso ir. O Senhor nos chama. Vamos semear o Batismo no Espírito nesse mundo. Temos a única força que pode transformar todas as coisas. Sejamos firmes e não desanimemos.