domingo, 1 de maio de 2011

FESTA DA DIVINA MISERICÓRDIA

PADRE FÁBIO PREGA EMOCIONADO NA FESTA DA DIVINA MISERICÓRDIA PARA MULTIDÃO REUNIDA NA CANÇÃO NOVA

Na Festa da Divina Misericórdia na Canção Nova, no dia primeiro de maio de dois mil e onze, o Padre Fábio de Mello, muito emocionado, pregou a respeito da misericórdia de Deus que se manifesta em Jesus Cristo. O Padre começou a pregação falando a respeito da nossa condição de miseráveis. Falava ele para as pessoas: [A vida pode ter lhe trazido misérias mas, você não é miserável. Não podemos nos transformar nos erros cometidos.] O padre, com muita sabedoria, levou as pessoas a perceber que [o pecado nos leva a ter repulsa de nós mesmos.] e assim [necessitamos ouvir, todos os dias, que Deus nos ama e não se cansa de nós! Apesar da minha miséria, esta notícia não muda: Deus me ama! Não posso modificar, com minha miséria, a plenitude da Salvação!] E assim, foi demonstrando o Plano da Salvação dizendo que [o Movimento do Criador é para que suas criaturas O percebam e O conheçam! Diminuo a solidão de Deus. Ele não é só Criador. Ele quer que a Criatura O reconheça. Esse é o esforço do Criador na Sua Revelação. O Pai foi se revelando até chegar à Plenitude da Revelação: Jesus Cristo. Em Jesus Misericordioso, o Pai diz que a Criação é fruto do amor!]


 

Jesus é a manifestação do amor de Deus ao mundo. Essa foi a tônica da pregação do Padre Fábio. Segundo ele [o amor só se aprende através de outra pessoa. Amar, como dizia Drummond, só se aprende, amando. O Pai, então, enviou um homem que ama! Jesus é um homem que não relativiza a religião. Ele é um homem que luta pelo que crê e leva até às últimas consequências, o resultado daquilo que fala. Jesus gosta da vida. É terno. Não tem preconceitos. Não tem medo de estar com aqueles que não deveria estar. [Quem ama de verdade, não tem medo de encontrar as pessoas e os miseráveis – Temos medo dos miseráveis porque a miséria do outro me lembra que também eu, sou miserável.] Jesus cria confusão mas, resolve as confusões com sua capacidade de amar. Ele vai além das aparências e descobre os corações cheios de Deus, para além das aparências pavorosas. Jesus chorou. Se mostrou humano e não teve medo de confundir a consciência das pessoas ao se mostrar humano. Jesus passou a vergonha da cruz.]


 

Após essas elucubrações sobre a personalidade de Cristo, o padre passou a refletir a respeito da Obra da Misericórdia de Deus na vida de quem crê. [É Deus quem entra na minha vida e me apresenta Jesus!] e continua [podemos segui-lo sendo divinos e sendo homens. Jesus disse a Santa Faustina: 'Que a alma fraca, pecadora, não tenha medo de se aproximar de mim!'] Dito isto, falou daquilo que considera o [câncer do auto-desprezo que o pecado causa em mim] e que Jesus[pode curar]. O Sacerdote também demonstrou que [o medo de Deus termina, quando descubro que, se Jesus amava os miseráveis, pode amar a mim também. Não há nada que não possa ser curado pela misericórdia de Jesus! A gente desiste porque nos faltam discursos religiosos para nos sustentar.] e continuou mostrando que, para a misericórdia de Deus atingir o mundo é preciso que nós possamos ser canais da mesma. [O amor de Deus visita o mundo quando eu, na minha limitação me disponho a ser um lugar onde o outro possa encontrar o amor que lhe falta. Se Deus é misericordioso comigo, devo ter misericórdia com o outro. O mundo precisa reconhecer em nós, os amantes que Cristo colocou! (devemos) amparar a fraqueza humana. Não posso dizer que o outro não tem jeito pois, a misericórdia de Deus nunca vai nos dizer que somos casos perdidos!]


 

Num terceiro ponto de sua belíssima pregação, com muita sabedoria e eloquência, o Sacerdote postulou sobre a exigência da Misericórdia de Jesus. Disse ele: [A misericórdia é também, dureza. Jesus, ao amar, nos corrige, nos põe limites. Amor é limite tênue entre permissão e negação. É no equilíbrio entre o não e o sim, que construímos pessoas saudáveis e equilibradas. (Mas) se eu acreditar verdadeiramente que no coração de Deus há sempre um lugar pra mim, vou mudar de vida logo. (Dessa forma), o anúncio do Evangelho não deve servir pra proibir mas, para que eu escolha a vida: isso cria a consciência. A experiência de Deus se percebe no sono tranquilo, com a consciência tranquila.] e dirigindo –se ao quadro da Misericórdia falou: [O quadro de Jesus Misericordioso quis mostrar a grandeza de Deus com os raios atingindo o chão, pois é aí, no chão da existência, que mora a miséria do homem. É melhor ser miserável aos pés de Jesus do que, ser vitorioso sobre o rabo do diabo. Dito isto, é importante perceber que, o pavão de hoje será o espanador de amanhã. O diabo nos eleva e quando começamos a descer, vamos nos tornando amargos. Debaixo dos pés de Jesus, estamos protegidos! Sendo miserável a seus pés, Ele me protege! Aos pés de Jesus, nenhum pecado haverá de prevalecer. A misericórdia será meu sustento! Quanto mais misérias eu tenho, maior será a minha necessidade de ficar debaixo dos raios da misericórdia.]


 

A partir deste ponto, o padre refletiu a respeito da vaidade espiritual como empecilho à vivência da Misericórdia. [A pior vaidade é a espiritual. É uma contradição com a santidade.] E continuou: [ único momento em que Jesus se colocou acima de todos foi na humilhação da Cruz, para morrer, (dessa forma), a Religião não pode ser vista como couraça de proteção que nos leva a ser melhores do que os outros.]


 

Padre Fábio relacionou a evangelização à vivência concreta do amor. [O primeiro gesto evangelizador que podemos fazer por alguém, é amar.] E, testemunhando um diálogo que teve com o Padre Leo (falecido), em seus tempos de seminarista, deixou-nos um pensamento maravilhoso: [Toda vez que, na vida, a gente se recorda que é miserável, não é inteiro, e temos que conviver com a tristeza de não ser o que deveríamos ser, devemos fazer um favor para nós mesmos: olhar para Jesus e perceber que Ele nos ama do jeito que somos, com nossas misérias.] E assim, levou os presentes a entender que todos precisamos da Misericórdia Dele partilhando como o Padre Leo lhe ensinou a comparar Deus com a água da garrafa. [Deus é igual à água da garrafa: se eu guardá-lo, Ele envelhece! E a torneira está sempre lá para encher a garrafa novamente.]


 

Ao final da pregação, o Padre Fábio trouxe uma nova interpretação da Imagem de Jesus Misericordioso: [As mãos do quadro de Jesus Misericordioso nos revela que precisamos estar atentos (mão levantada) mas, devemos estar Nele (mão no peito). Só tenho condições de ser Jesus, se eu me reconciliar com minhas fraquezas!] E, partilhou que, se tivesse autoridade, instituiria o Dia da Misericórdia como o Dia do Amigo. [A Festa da Divina Misericórdia precisa ser o Dia do Amigo. São os nossos verdadeiros amigos quem nos ensinam a verdadeira misericórdia! O verdadeiro amigo está sempre ao nosso lado, pronto para ser a misericórdia de Deus pra mim! Nunca vamos esquecer quem nos ama e nos deu uma nova chance!] E mostrou que o amigo é aquele que se aproxima de nós. E os familiares são nossos amigos. [A casa é o lugar de aprender o exercício da misericórdia.]


 

Padre Fábio encerrou dizendo: [Viver sob a luz da misericórdia requer coragem! O Céu é realidade. O Céu é meu. Sou Filho do Céu! Ainda posso me converter enquanto tiver vida!]


 

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